quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Meu Aquiles Mulher.

Ponto fraco.
Sim,
pequeno ou
farto,
pra mim,
enfim me
mato,
moita,
tronco, pasto.
Afasto,
achego,
corro, encaixo
em baixo.
Alto
grito, calo
e o calo
na mão
do macho,
no vão,
no esculacho
do coração
capacho.
Aonde vão?
Quando passam,
pé,
pisante.
Palhaço,
há graça, mas
não acho,
não vejo,
não finjo,
não faço.
Meu erro
disfarço,
também piso,
mas descalço,
e me firo,
e me viro
do meu solo
me isolo
e fujo,
fico
farto
e fraco
fui,
outra vez ao mato,
a moita, o tronco e o pasto,
ao espaço
explano,
emano
fumaça,
ferida,
farsa,
forças
falsas
que abrem-me
invadem-me
acabam-me
desmontam-me
com o único
intuito
de me reconstruir.
Partir,
quebrar,
remendar
e sorrir,
só ir,
falar e ouvir,
aprender
escutar,
discernir
e se guiar
pra repetir.

Carlos Eduardo Taveira.


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O desabrochar d'uma flor mecânica.

   Numa maquinação constante que só teve alivio com seu desabrochar maquinário, como uma flor mecânica que em suma era gente, passando assim o que estava na cabeça através dos dedos, numa constância rítmica que por vezes se fazia intermitente, logo após concluídas as variantes das ramificações que exigem ponderamento e pausa, tornava o dedo ao teclado e os dados ao quadrado, e assim pétala à pétala de ferro, abriu-se como cúpula engenhosa ou botão de flor cheirosa e descarregou seus aromas atrativos, recebeu abelhas, ou zunidos, ou aplausos, não pode discernir bem, estava toda desabrochada, mas se pudesse escolher, escolheria abelhas.